terça-feira, 13 de outubro de 2009

Intuição, proteção sem chão.


(Foto: Joeder Messias, Junho de 2009)

A maturidade chega na hora exata. É estranho dizer 'exata' se amadurecer é um processo contínuo que se constrói às amarras e desencontros da vida. Hoje, meu parecer é sobre a intuição e suas repercussões alegres e tristes.
Quando você 'ouve' algo, sem hesitar, siga isso. Dar créditos às vozes que aprisiona é a maneira menos triste de sofrer, pois é um sofrimento premeditado.
Hoje estou bem, poderia estar melhor, eu sei, mas ontem vi uma cena que marcou o resto dos meus minutos tristes. Por que 'isso' que me convida a passear?
Do que ele me protege? O acaso é meu anjo da guarda, meu desejo e minha intuição. Aliás, a minha intuição me mantém distraída o bastante a ponto de eu analisar e ver tudo antes mesmo de cair uma lágrima.
Procuro explicações, mas sempre encontro angústia e mais dúvidas. A dor de não ter sorte com o amor me penetra e me arranca toda tranquilidade, às vezes sinto uma alegria em sofrer, será que sou masoquista? Pois odeio doses fracas e superficiais.


Estar amando e saber que tudo é estável me deixa inativa, sedentária. Odeio ficar acomodada, e facilmente isso acontece.
Tento jogar para as crenças e mitos só pra achar respostas mais condizentes com meu drama mal elaborado.
Vivo paradoxalmente. Desejo tranquilidade, entretanto não consigo parar de voar, só pensando nas 'coisas acontecerem naturalmente'. As inquietações que resistem me matam aos poucos e não acho forma de diminui-las, não penso em acabar, mas quero minimizar algumas coisas que não suporto.


O intolerável tem me pertubado todo final de semana, e a única maneira de sair dessa é tomar algum remédio para dormir, pois beber eu bem sei que não resulta no esperado: a alegria. Muito pelo contrário, resulta na carência que domina o corpo e acho que até a alma...
Vou pensar mais nisso tudo, pensar na cena de ontem, nos amores que por mim passaram mas que foram 'atravessados' abruptamente.
E vou seguir, sem pena de mim, sem rancor.
Acho que vou tentar me perdoar também...pelas ofensas, infâmias... por não aceitar os erros na tentativa de acertar. Por ser tão autêntica e odiar meu jeito espontâneo de ser afetada. 
...

Enfim,
pela tristeza que enche o peito e depois se esvai me deixando sem chão.