segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Existe amor ao próximo?

Foto: Clariana Maia/ "O Redentor" - Rio/2010

"Para mim, o amor ao próximo é nada mais do que uma fraqueza, um caso isolado que demonstra a incapacidade de opôr resistência a um estímulo - a piedade é uma virtude apenas entre os décadents. Eu acuso os piedosos de se perderem em sua vergonha, em sua reverência, em seu instinto delicado para as distâncias; a piedade, por sua vez,acuso-a de feder a povo num simples piscar de olhos, e de ser muito parecida com as más maneiras, com as quais facilmente pode ser confundida, aliás - olhos piedosos podem, conforme as circunstâncias, interferir de modo destruidor em um destino grandioso, em um isolamento entre feridas, em um privilégio para grandes culpas." (NIETZSCHE)

Não acredito nesse tipo de amor. Quando alguém te machuca com palavras agressivas em momentos inusitados, você corresponde desejando o BEM a ele? Se deseja é porque é fraco. Você pode ter, no mínimo, pena desse sujeito, mas não me diga que o ama. Isso não existe. Temos instintivamente o gosto pela vingança, a amargura do ressentimento, nem que seja em um milésimo de segundo de um determinado momento.