terça-feira, 30 de março de 2010

A vida passada...

Eu tenho certeza. Tenho mesmo. Fui Anaïs Nin na vida passada. Temos os mesmos medos, as mesmas angústias e até vivemos pensando misticamente os afetos e as formas de ver a vida. Erotizáveis, penetráveis...somos uma só. Temos muitos amores, alguns não correspondidos, outros fora do tempo, platônicos, atônitos... Mas o que mais me alucina em ler os diários dela é a doçura das palavras, o envolvimento em cada linha chega a ser tão forte que me tira a fome, e nada tira minha fome... além de um amor...Amor qualquer...

"Ah, Deus, não existe uma alegria maior do que o instante em que adentro um novo amor, não existe um êxtase como o de um novo amor. Flutuo nas alturas; meu corpo se enche de flores, flores com dedos que me fazem carícias intensas, intensas, faíscas, jóias, arrepios de alegria, vertigem, muita vertigem. Música dentro de mim, embriaguez. Apenas fechar os olhos e recordar, e a fome, a fome de mais, mais, a grande fome, a fome voraz e a sede."

sábado, 6 de março de 2010

Baby, I'm gonna leave you.

A beleza que desgasta a alma, cansa o amor, fere o coração e causa náuseas aos corajosos.
Esta beleza a qual me refiro é só uma beleza de passagem, simbólica, ilusória e efêmera. Não há como segurá-la. Você me cativou, isso é fato. Mas não admiro seres apreensivos e resistentes. Aprecio os [des]cabeçados, exaltados e ferozes, que vibram frente ao objetivo maior passando por cima de tudo e de todos. Estes sim, ganham muito mais que meu calor. A capacidade que cada um tem em se desvencilhar da dor é tanto relativa quanto a força que entra na própria dor. A única coisa pela qual sinto prazer é extasiar-me conquistando lugares. Te conquistei e você foi o único que quis manter território, lembre-se disso. Meu coração nômade quando vai de encontro ao regente fogo se perde de vista do foco ao festejar nos percursos... Mas você ficou no meio, não como uma pedra, mas como um tesouro que tanto procurei e tive. Só que o tesouro não serve mais para mim... Seu medo impede nossa caminhada... E eu ando cheia de calos de tão cansada de fazer mil voltas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Por que impulsiva?


O que é o limite?

Impulsos me conduzem...
Quebro a cara,
rasgo meu coração
e sofro... sofro...

Bati o olho em um livro hoje e imediatamente comprei.

"(...)os freios estão presentes, porém os impulsos são vividos de forma intensa e, de forma recorrente, superam a inibição. A impulsividade é classicamente descrita como um comportamento ou traço do temperamento estável da personalidade, mas também pode ser um fenômeno adquirido por lesão do sistema nervoso central (...)"