domingo, 15 de novembro de 2009

Fotografar é preciso, viver não é preciso

Arroxeadas - Novembro 2009



A fotografia mostra o indizível e impenetrável da gente.
O que você vê?
Eu vejo lindas plantinhas rizomáticas se contaminando de púrpura...
...É assim que nos compomos
Contaminamos com o que nos proporciona conforto
Mas algo ainda me suscita,
As florzinhas purpureiam, no entanto estão desoladas...
São resistentes...
Mas nada as ofusca, nem mesmo a escuridão
Suas cores se fortificam,
a alegria vibra...
E solitário é quem não se permite essas vibrações...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Me ensina a não andar com os pés no chão"


Após várias tentativas de lutar contra minha insegurança, ocorre algo inesperado...
Voltei a sonhar. De forma menos leviana, entretanto efêmera como sempre.
Eu sou tão engraçada, tão volúvel...Falo algo e depois contradigo meu desejo, que por sua vez deixa de ser desejo e transforma em rechaço.
Como pode alguém ser tão multipolar?
E o engraçado disso tudo é que encontrei um parceiro fiel para minhas marés...
pelo menos, eu acho que é parceiro. Não em sonhos, mas em marés altas e baixas, sim.
Existe uma força mediante nossos pensamentos, uma telepatia imanente entre nossos corpos.
Agora fico pensando: Eu sou um o que? Vivo por quê? Pra quem? Amo o que? Amo quem?
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Minhas águas são imprevisíveis demais. Ora causam náuseas, ora causam paixões.
Este não é pirata, nem mergulhador...
Minha distração não me permite decifrá-lo.
Ou já o decifrei suficientemente e não enxergo o que está claro...




Mas nada está claro.


A incerteza me persegue!


É melhor pensar assim.
Sempre penso assim.
(Imagem- René Magritte - La Magie Noire)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Inventando um Caos para achar a Estrela...



Díspares - Mar/2009 -E. Nascimento



De repente me deparo com uma vontade de desaparecer para sempre, de fugir, de simplesmente sumir. Desligo o celular, a internet e a vida por algumas horas. A dor que me enche o peito parece congelar a alma a ponto de tornar-me um defunto ambulante. (rs)


São tantos questionamentos, tantas dúvidas, tantos desejos...

Por quê? Por quê? Por quê?

As frustrações impulsionam-me a comer, a comer e a comer. Depois a culpa. E o grito interno. Sempre esse círculo vicioso, sempre essa angústia acompanhada por dúvida e falta de emoção. Afinal, por que esse desejo de obter emoção a partir do outro? As pessoas não nascem grudadas...

Será que não percebo emoção nos olhos de minha mãe ao ver-me todas as manhãs? Ou no sorriso de minha irmã quando encontro na escola? Será que isso não me vem como emoção?

Mas por quê? Já sei. É que vivo cheia de amor, e amor demais também causa depressão. O problema é o excesso... Excesso de amor, pensamentos, fantasias, rotinas, pessoas, trabalho, vida... Tudo que chega ao excesso transita pela depressão.

Fico a questionar, mas as 'dúvidas são traidoras'... E lembrando meu velho conhecido: " é preciso do caos cá dentro". E o que devo fazer quando o Caos gera inatividade? Cadê a estrela dançante? Onde estão as surpresas alegres? O problema é simples: a precipitação que pensa que é o Caos e 'precipita' tentando procurar essa estrela...



Primeiro passo?

Detonar a ansiedade...



E vejo que o sofrimento sempre foi [des]necessário...às vezes até porque vivo muito 'o dentro'.



A estrela já está. Está de passagem...

É que sou distraída...