quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Espelho, espelho meu...

Existe alguém mais inconstante do que eu?


Pensando nas minhas milhares de metamorfoses, termino querendo resguardar-me de ameaças.

Por que esconder? E de quem? Que tipo de ameaça ando sofrendo?
Eu sei...

Reclusão é preciso. Não estou escondendo de nada, nem de ninguém, estou apenas querendo mais minha companhia...
Engordei esses meses, e estou muito triste, pois li que a gordura, pensando psicossomaticamente, é nada mais do que esconder de afetos, do medo do 'fora', de dizer NÃO. O hipotireoidismo veio só arruinar meu sono, trazendo-o em maior intensidade, no entanto a causa disso tudo eu bem sei: quero isolar meu corpo ao máximo da mesmice... Ando em guerra comigo mesma, não querendo sair de casa, nem levantar da cama, mas isso só faz parte da minha atuação. Quero ficar comigo, não quero lembrar de mim ao ver pessoas... Não estou em condições de interação... Apenas virtual.

Será que cheguei ao meu limite? Não me suportar é o mais trágico que já cheguei, creio.

Bom, já estou bem melhor...

Hoje levantei da cama algumas vezes... Mas continuo refugiada aqui.

"E ela não passava de uma mulher... Inconstante e borboleta." (Clarice)