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Díspares - Mar/2009 -E. Nascimento |
De repente me deparo com uma vontade de desaparecer para sempre, de fugir, de simplesmente sumir. Desligo o celular, a internet e a vida por algumas horas. A dor que me enche o peito parece congelar a alma a ponto de tornar-me um defunto ambulante. (rs)
São tantos questionamentos, tantas dúvidas, tantos desejos...
Por quê? Por quê? Por quê?
As frustrações impulsionam-me a comer, a comer e a comer. Depois a culpa. E o grito interno. Sempre esse círculo vicioso, sempre essa angústia acompanhada por dúvida e falta de emoção. Afinal, por que esse desejo de obter emoção a partir do outro? As pessoas não nascem grudadas...
Será que não percebo emoção nos olhos de minha mãe ao ver-me todas as manhãs? Ou no sorriso de minha irmã quando encontro na escola? Será que isso não me vem como emoção?
Mas por quê? Já sei. É que vivo cheia de amor, e amor demais também causa depressão. O problema é o excesso... Excesso de amor, pensamentos, fantasias, rotinas, pessoas, trabalho, vida... Tudo que chega ao excesso transita pela depressão.
Fico a questionar, mas as 'dúvidas são traidoras'... E lembrando meu velho conhecido: " é preciso do caos cá dentro". E o que devo fazer quando o Caos gera inatividade? Cadê a estrela dançante? Onde estão as surpresas alegres? O problema é simples: a precipitação que pensa que é o Caos e 'precipita' tentando procurar essa estrela...
Primeiro passo?
Detonar a ansiedade...
E vejo que o sofrimento sempre foi [des]necessário...às vezes até porque vivo muito 'o dentro'.
A estrela já está. Está de passagem...
É que sou distraída...