domingo, 31 de janeiro de 2010

How Can I Be Lost?

foto: Clariana Maia/ O Carrossel / Dez 2009 -Niterói
If I've got nowhere to go...

Essa foto me fez lembrar o que nosso SUPER-VISOR sempre dizia: O Círculo vicioso que é a vida. A gente roda, roda e não sai do lugar. Discute, ama, perde, morre e nunca percebe que há linhas de fuga que migram e passam por nós invisivelmente.
Qual seria sua linha de fuga?
Às vezes ela chama por nós, mas evitamos o encontro, gostamos da dor, do comodismo que a vitimização traz. Somos cegos quando a felicidade se aproxima e nos deixa inquietos, pois acreditamos que ir "além dos além" é ser inconsequente, e o conflito que gera quando pensamos mais nos outros do que em nós angustia e causa sofrimento. O eterno pensamento de que "posso deixar o outro infeliz com minha felicidade" envolve uma série de implicações, que se trata de egoísmo, ou falta de empatia...etc. De fato, esse "outro" que ameaça com o discurso "não me deixe infeliz" não está mais do que chantageando e pensando somente no bem estar próprio. Ou seja, essa confusão que acabou de dar na minha cabeça, na sua cabeça só ressalta o quanto é complicado compreender a rizomatose da vida. Nada é certo ou errado, as coisas estão enredadas.
Só resta SENTIR o que é bom ou ruim nesses encontros.

Só isso.

E fugir...

Fugir. Perder-se.

Um comentário:

Juliette disse...

Eu sabia, eu sabia... mas eu precisava ler isso e saber disso de novo, caralho. obrigada!