Fazer minhas malas e ir para outra casa que não seja eu,
Esse ser triste e doente
Que só se vê paralisado,
Entediado do mundo,
Sem desvencilhar da dor.
Mas é assim mesmo,
Quem tem coração,
sofre a dor do não,
da solidão.
Eu prefiro então, não tê-lo.
Quero ser só oco,
Sem órgão, sem barreira,
Só passagem, sem fronteira.
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(Foto: Chapada Diamantina - "Altos e Baixos")
A foto acima está intitulada exatamente para expressar minhas vicissitudes.
Variando constantemente sou inconstante,
conflitante,
Desvinculando dos meus eus, dos meus problemas, da organização que a vida exige.
É tão difícil ser eu, tão... tão chato.
Não quero desistir de mim, nem posso.
Sou assim, mergulho na dor, morro do nada.
Eternamente angustiada, instável, mutante.
Nunca sei até que ponto isso é bom.
Uma variação, e a pessoa sai do foco...De tão vulnerável é previsível.
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